JOHN ANDERSON
DO "NEW YORK TIMES" fonte Brasil : 1.Folha.Uol.com.br
O Oscar especial dado este ano para Douglas Trumbull por suas
contribuições tecnológicas à indústria do cinema pode ser considerado mais uma
joia à coroa de uma carreira, que começou com Stanley Kubrick e "2001:
Uma Odisseia no Espaço", e inclui um filme candidato ao Oscar deste ano, "A Árvore
da Vida". DO "NEW YORK TIMES" fonte Brasil : 1.Folha.Uol.com.br
Mas Trumbull, 69, não terminou suas contribuições. Em sua casa e estúdio na região de Berkshire, em Massachusetts, a cerca de 320 quilômetros da cidade de Nova York, ocorrem experiências loucas em cinema. Trumbull está trabalhando em novos paradigmas de produção.
Divulgação | ||
Cena de "2001: Uma Odisseia no Espaço", de Stanley Kubrick, com efeitos especiais de Douglas Trumbull |
Porém, o admirável mundo novo que Trumbull vislumbrou logo foi eclipsado pela adoção dos "blockbusters" por Hollywood, e o resultado, ele disse, está prejudicando a indústria. "Se você gasta de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões em um filme e pega todo esse valor e tenta espremê-lo nessa brecha estreita", disse, referindo-se à experiência comum de cinemas com telas pequenas e pouco iluminadas, "você está jogando fora a maior parte do valor da produção".
Com algumas mudanças simples, disse ele, "você poderia amplificar de maneira maciça o efeito desse tipo de filme" - como as obras pelas quais ele é conhecido, "Blade Runner, o Caçador de Andróides" e "Encontros Imediatos de Terceiro Grau". Faça-os mais luminosos e maiores e os exiba em taxas de quadros mais altas - isto é, a velocidade com que as fotos, ou quadros, são passados diante do público.
Desde a era do filme mudo, o padrão da indústria foi 24 quadros por segundo. Peter Jackson está filmando em 48; James Cameron poderá fazer Avatar 2 em 60. Trumbull está falando em 120.
Devido ao que é conhecido como "persistência da visão", o olho humano é enganado para interpretar a projeção rápida de imagens individuais como movimento. Mas, embora os espectadores não possam perceber, a 24 quadros por segundo o olho está sendo submetido à escuridão durante mais da metade do tempo. Quanto mais rápida for a taxa de quadros, mais real será a imagem.
"Realmente, não existem palavras para isso em inglês", ele disse sobre seu avanço, "mas é uma janela para a realidade".
Divulgação | ||
Douglas Trumbull, especialista em efeitos especiais, em fotografia sem data |
A Paramount contratou Trumbull para fazer o primeiro longa-metragem em Showscan, Brainstorm, um filme menos conhecido por suas conquistas técnicas do que pela morte de Natalie Wood, fato que levou Trumbull a deixar sua Los Angeles natal.
Quando finalmente foi lançado, o filme acabou em uma armadilha. "Os cinemas disseram: 'Nós gostamos, mas não vamos instalar os projetores, a menos que os estúdios filmem desse jeito'", lembrou Trumbull. "E os estúdios disseram: 'Não vamos fazer filmes assim a menos que os cinemas coloquem o equipamento'."
Apesar de suas firmas Ridefilm Theater e Trumbull Company terem se fundido mais tarde com a Imax, Trumbull afirmou que em comparação com a apresentação em 3D e em tela da Imax, "minha nova tecnologia Hypercinema 3D a 120 quadros por segundo é muito superior e mais barata".
O que será projetado, ele disse, pode ser feito em seu estúdio em Berkshire mais barato e mais rápido do que no sistema de Hollywood, porque ele desenvolveu tecnologia que reduz a necessidade de cenários, de locações ou de uma grande equipe.
Ele alega que para Hollywood tem a ver com preservação. "Se você quiser que as pessoas vão ao cinema pagar caro por uma experiência, é melhor que seja muito boa, que seja extraordinária."
!.Folha.Uol.com.br
http://cursosraizesculturais.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário