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quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Cinema nacional faz as pazes com as grandes bilheterias
Cinema nacional faz as pazes com as grandes bilheterias
Daniela Paiva (dpaiva@brasileconomico.com.br)
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Cena do filme O Palhaço, que estreia no próximo dia 28, que tem o hit do cinema nacional, Selton Mello
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Partilhe: Lançamentos robustos e surgimento de distribuidora marcam boa fase de negócios.
O Palhaço não está para brincadeira. O filme dirigido, estrelado e escrito pelo ator e faz-tudo Selton Mello monta um senhor picadeiro daqui a duas semanas, quando entra em cartaz. Vai ocupar 200 salas, o que representa cerca de 10% do número total de cinemas no país.
Não chega a ser um blockbuster - ou um Cirque du Soleil -, mas descortina o bom momento do cinema nacional, com novos protagonistas como a Nossa Distribuidora.
Há um certo entusiasmo na indústria, especialmente por conta do ótimo desempenho em 2010. Tropa de Elite 2 fez história batendo recordes de público e renda, e Nosso Lar e Chico Xavier ficaram entre as 10 maiores bilheterias de 1995 para cá.
Luiz Augusto Dantas, professor da USP e diretor da Associação Paulista de Cineastas, fecha a conta: R$ 1,2 bilhões de renda total do cinema no Brasil em 2010, sendo R$ 239,6 milhões para as produções nacionais, o que representa uma participação de 19%, epúblico de 25,6 milhões de espectadores.
Apesar da safra mais discreta este ano, O Homem do Futuro já bateu um milhão de espectadores, relata Pedro Butcher, do portal FilmeB.
Para Butcher, um dos motivos do entusiasmo é que o cinema brasileiro está se saindo bem inclusive quando disputa espaço em períodos habitualmente dominados pelos roteiros de Hollywood. "Assalto ao Banco Central estreou em julho, mês de férias e de grandes lançamentos", diz.
É claro que, como em outros setores em crescimento, a fase tem a ver com o surgimento e fortalecimento do poder aquisitivo da classe C. E com o atrativo dos títulos considerados enlatados - aqueles que trazem a marca Globo Filmes, como Se Eu Fosse Você. Por outro lado, o furor de Tropa de Elite prova que não basta o selinho da Globo.
"Os filmes que fazem sucesso estão ligados no que o público quer ver", aponta Dantas. "Não quer dizer que devam ser menos trabalhados. A classe C vê seriados, como House".
É nesse embalo que nasceu a Nossa Distribuidora esta semana, um conglomerado de forças acostumadas aos holofotes. Reúne Conspiração Filmes, Lereby Produções, Morena Filmes, O2 Filmes, Zazen Produções, FL & MAM Participações e Vinny Filmes.
Ou seja, traz o dedinho de cineastas como Fernando Meirelles, Andrucha Waddington, José Padilha e Cláudio Torres, e contabiliza participação de 53% do mercado de 1999 até agora, 70 filmes, mais de 67 milhões de espectadores, e por aí vai.
O objetivo é otimizar a distribuição para filmes nacionais e internacionais aos moldes de Tropa - ou seja, brigar com a Globo Filmes.
"Estamos vivendo um momento muito especial no Brasil", comemora Marco Aurélio Marcondes, um dos sócios da Nossa.
fonte: www.brasileconomico.com.br
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