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sábado, 6 de março de 2010
Cinema serve para tirar as pessoas da rotina
Pesquisa diz que duas em cada cinco pessoas vão ao cinema para fugir da rotina
da Reuters, em Nova York
Assistir a um filme é sua maneira de fugir do tédio do dia a dia? Você não é o único a pensar assim: uma pesquisa da Reuters com a Ipsos constatou que mais de duas em cada cinco pessoas no mundo vão ao cinema com frequência para escapar da realidade, nem que seja apenas por algumas horas.
A pesquisa feita com mais de 24 mil adultos em 23 países foi divulgada no momento em que a indústria mundial do cinema se prepara para homenagear seus maiores talentos, na 82ª edição anual da cerimônia de entrega dos Oscar, no domingo.
Ela revelou que, dos 42% das pessoas que tendem a ir ao cinema com a maior frequência possível para escapar da realidade, a maioria é da Turquia (6%), Índia (61%), Coreia do Sul (54%) e Austrália (52%).
"Os filmes são os livros de celulóide de hoje", disse John Wright, vice-presidente sênior da empresa de pesquisas de mercado Ipsos.
"O que uma geração fazia quando lia um romance empolgante ou romântico para escapar da realidade ou sonhar, hoje é fabricado semanalmente para a geração mais jovem, cujos integrantes são os maiores frequentadores dos cinemas", disse ele em comunicado.
Mas nem todas as pessoas acreditam no poder escapista dos filmes. A pesquisa mostrou que a maioria --58% dos entrevistados-- não vê o cinema como maneira de fugir do mundo real e não faz questão de assistir ao maior número possível de filmes.
Os países cujos habitantes mais tendem a pensar assim são a Hungria (76%), Holanda (74%), México (74%), Suécia (71%) e Alemanha (70%).
Também é o caso do Brasil: 47% disseram acreditar que o cinema seja escapista, enquanto 53% rechaçaram a possibilidade.
Mas existe surpreendentemente pouca diferença entre homens e mulheres, ou entre pessoas de diferentes faixas de renda. Contudo, os entrevistados com menos de 35 anos mostraram mais tendência a escapar da realidade através de filmes (49%), comparados às pessoas mais velhas, de entre 35 e 54 anos (36%).
Wright disse que isso pode ser explicado pela adesão da geração mais jovem à tecnologia.
"Com a explosão da tecnologia de longo alcance, as pessoas não assistem a filmes, simplesmente --elas vivenciam os filmes, como participantes imersos em uma experiência multidimensional, ou podem criar algo elas mesmas e compartilhá-lo com o mundo por meio de um simples download, sem precisarem de pipoca", disse ele.
A tabela de resultados abaixo, fruto da pesquisa realizada entre novembro e janeiro, começa com os países cujos cidadãos mais concordam com a afirmação de que "filmes e cinema são minha fuga do mundo real; assisto ao maior número de filmes possível, com a maior frequência possível". Todas as cifras são porcentagens
Fonte folha.uol.com.br/ilustrada
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